Natura aposta em drones com inteligência artificial para mapear e monitorar a Floresta Amazônica
Apoiando comunidades locais, o projeto foi categorizado como o maior inventário florestal já realizado no Brasil por sobrevoo

Por Ingrid Lacerda
Foto: Neil Palmer/CIAT - Flickr
Em colaboração com a startup Bioverse, a Natura usou drones equipados com inteligência artificial para mapear uma área de 60 mil hectares, equivalente a aproximadamente 100 mil campos de futebol, e ajudar em sua restauração. A tecnologia permite analisar imagens 200 vezes mais rápido que os métodos convencionais, mapeando toda a biodiversidade da floresta em apenas 6 meses.
De acordo com a Natura, o método tem como objetivo coletar informações para a otimização de processos sustentáveis de produção na cosméticos Com o uso de drones, a empresa consegue rastrear a origem de bioingredientes como tucumã e açaí, garantindo que a extração seja feita de forma adequada e não gere impactos à população local.
Os dispositivos voam sobre a floresta capturando imagens em alta resolução e são examinadas por algoritmos de IA que identificam espécies de plantas, detectam mudanças no ecossistema e possíveis crimes ambientais, por exemplo, desmatamentos e queimadas. Além disso, esses sistemas possibilitam um monitoramento mais preciso da biodiversidade, tendo em vista que o acompanhamento humano seria perigoso em muitas áreas de difícil acesso.
Trabalhando ao lado de 44 comunidades amazônicas, a medida também contribui para o florescimento econômico de povos ribeirinhos e reservas indígenas, impulsionando a bioeconomia e preservando o manejo sustentável de materiais.
“Nosso compromisso é nos tornarmos uma empresa regenerativa até 2050, e esse tipo de tecnologia capacita as comunidades locais a utilizarem os recursos amazônicos de forma sustentável e inovadora", disse o diretor de pesquisa avançada da Natura, Rômulo Zamberlan, sobre o impacto socioambiental do projeto.
Desde o lançamento da linha Ekos, em 2000, a Natura transformou a relação entre ciência, tradição e natureza, desenvolvendo 44 bioingredientes. Atualmente, a organização tem a meta de chegar a 49 ingredientes até 2026 e ampliar para 3 milhões de hectares de floresta conservada até 2030.
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