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Inteligência Artificial descobre mais de 300 geoglifos no deserto de Nazca, no Peru

 IA auxilia arqueólogos a mapear figuras milenares, oferecendo novos insights sobre as antigas civilizações que habitavam a região

Por: André Vieira

A inteligência artificial tem revolucionado diversas áreas do conhecimento e a arqueologia não é exceção. Recentemente, pesquisadores descobriram mais de 300 novos geoglifos na região de Nazca, no Peru, utilizando algoritmos de Aprendizado de Máquina. Esses geoglifos, enormes figuras desenhadas no solo, foram esculpidos pela civilização Nazca entre 500 a.C. e 500 d.C. e sua função exata ainda é um mistério. Com a ajuda da IA, arqueólogos estão conseguindo mapear essas figuras com maior precisão e velocidade, trazendo à tona novas descobertas que intrigam cientistas e historiadores.

Os geoglifos de Nazca, famosos por suas formas geométricas e representações de animais, sempre foram um desafio para os arqueólogos, tanto pela extensão da área onde se encontram quanto pela dificuldade de localizá-los a olho nu. Graças ao uso de Inteligência Artificial, mais de 300 novos geoglifos foram identificados no deserto peruano, segundo pesquisadores. Utilizando imagens de satélite e drones, o sistema de IA foi treinado para reconhecer padrões sutis no solo que poderiam indicar a presença dessas figuras.

Entre os novos geoglifos identificados estão representações de formas humanas e de animais, como aves, peixes e felinos Foto: Divulgação/Yamagata University Institute of Nazca

A equipe por trás dessa descoberta é liderada pelo professor Masato Sakai, da Universidade de Yamagata, no Japão. Os algoritmos analisam grandes volumes de dados de imagem, reduzindo significativamente o tempo necessário para identificar potenciais geoglifos. Esse avanço é essencial, pois muitos desenhos foram tão apagados que sua identificação seria quase impossível sem a tecnologia.

Entre os novos geoglifos identificados estão representações de formas humanas e de animais, como aves, peixes e felinos. Essas descobertas adicionam uma nova camada de complexidade ao entendimento das culturas antigas que habitaram o Peru, levantando questões sobre o propósito desses enormes desenhos. Alguns especialistas acreditam que os desenhos poderiam ter tido função religiosa ou serviam como marcações de rotas de peregrinação, mas são apenas hipóteses.

Essas figuras descobertas recentemente variam em tamanho, com algumas medindo até 100 metros de comprimento. O uso de IA permitiu que padrões que passam despercebidos ao olho humano fossem detectados com alta precisão. Muitos dos novos geoglifos estavam localizados em áreas remotas e de difícil acesso, reforçando a sua importância para mapear regiões amplas e isoladas.

Preservação do patrimônio cultural

A descoberta dos novos geoglifos também chama atenção para a necessidade de preservar o patrimônio cultural. O aumento da atividade agrícola e o crescimento urbano nas proximidades da região de Nazca têm colocado essas figuras milenares em risco. A IA pode, além de descobrir novos desenhos, auxiliar na criação de planos de preservação, protegendo da deterioração dos desenhos que tocam o céu.

Pesquisadores acreditam que, com o aprimoramento da tecnologia, será possível não apenas continuar descobrindo novos geoglifos, como também estudar mais profundamente a civilização Nazca e as motivações para criar essas grandes obras de arte. A parceria entre arqueologia e inteligência artificial abre novos horizontes para entender o passado, preservando o legado cultural para as futuras gerações.

3 cometários

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