IAsempresas

 Duolingo transforma sua estrutura operacional com a adoção da lógica “AI-First”

Pioneira na implementação de um modelo de negócio voltado ao mobile, agora a plataforma de línguas almeja se tornar referência em conteúdo de IA

Por: André Vieira

Imagem: Reprodução| Rappler  

Profissionais técnicos e trabalhadores do setor de desenvolvimento educacional serão desligados nos próximos meses, é isso que afirma o CEO e cofundador da Duolingo, Luis von Ahn, em um e-mail interno que foi republicado no perfil da empresa no LinkedIn. De acordo com o comunicado, a empresa está migrando para uma estratégia de “AI-First” a fim de escalar processos, automatizar tarefas e desenvolver novas funcionalidades do aplicativo, como o Vídeo Call.   

Dita no mercado como uma das primeiras plataformas a ser baseada para o mobile, o reposicionamento da marca é mais do que apenas uma mudança nos processos internos, mas sim na própria maneira como a aplicação pensa em seus conteúdos e estratégia de negócios. “Ser "AI-first" significa que precisaremos repensar muito sobre como trabalhamos. Fazer ajustes pequenos em sistemas projetados para humanos não nos levará lá. Em muitos casos, precisaremos começar do zero. Não vamos reconstruir tudo da noite para o dia, e algumas coisas - como fazer a IA entender nosso código - vão levar tempo.”, disse von Ahn no comunicado.

Na avaliação do CEO, o enfoque na tecnologia também será benéfico para os funcionários na companhia, uma vez que permitirá que concentrem seus talentos e habilidades em problemas reais e não em tarefas repetitivas. Em resumo, a IA será fundamental para a empresa repensar a sua cadeia produtiva e impulsioná-la a uma nova era. “A mudança pode ser assustadora, mas tenho confiança de que esse será um grande passo para o Duolingo. Isso nos ajudará a cumprir melhor nossa missão – e para os Duos, significa ficar à frente ao usar essa tecnologia para fazer as coisas acontecerem”, concluiu.

AI-First” se torna tendência global

Para além do popular aplicativo de línguas, outras organizações começaram a adotar a abordagem com objetivo de atingir mais resultados com a inteligência artificial em menos tempo. Companhias conhecidas pelo público como Siemens, Mastercard e Netflix se associaram à modalidade para vitaminar seus produtos, serviços e soluções e diminuir os custos com mão de obra e tempo ocioso de aplicações digitais. Ainda que seja uma estratégia emergente, pequenas e médias empresas também começaram sua jornada de implementação, realizando poucas mudanças em sua estrutura para então seguir com mais avanços.

Por aqui, poucas empresas se destacam por apostar na nova modalidade que combina processos tecnológicos inovadores, serviços disruptivos e uma cultura corporativa ágil. Atualmente, organizações do ramo financeiro, como Bradesco, Itaú e Banco Inter, têm apresentado portfólios que se encaixam na mentalidade, mas ainda precisam aperfeiçoar essas práticas para ganharem mais destaque no cenário nacional e se tornarem cases mundiais. Por ora, o futuro parece estático, mas qual é a concepção de tempo que se encaixa na Era da IA?

1 comentário

Great read! I really enjoyed your perspective on this topic.

Seu e-mail não será publicado.