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China lança sua plataforma de IA para rivalizar com o ocidente

Inspirado na filosofia de Xi Jinping, atual presidente do país, o aplicativo tem como base de dados 100 milhões de registros públicos   Um Chatbot nos modelos das grandes empresas de tecnologia é a última iniciativa de Pequim para entrar na corrida da Inteligência Artificial (IA). As informações são do Financial Times que conversou com a […]

Por: IAIH

Inspirado na filosofia de Xi Jinping, atual presidente do país, o aplicativo tem como base de dados 100 milhões de registros públicos  

Um Chatbot nos modelos das grandes empresas de tecnologia é a última iniciativa de Pequim para entrar na corrida da Inteligência Artificial (IA). As informações são do Financial Times que conversou com a Administração do Ciberespaço da China (ACC), órgão encarregado pela regulamentação da internet no país, sobre o uso do novo modelo de LLM (Grande Modelo de Linguagem, em inglês) na ambientes público chineses. De acordo com o ministério, o aplicativo foi baseado em “100 milhões de entradas com dados de alta qualidade e confiáveis” e tem como premissa filosófica os ideais de Xi Jinping, atual presidente.

O projeto de desenvolver uma plataforma de IA generativa própria nasceu das necessidades de controle da informação no país, o que concorrentes como Gemini do Google e ChatGPT da OpenAI não possuem em seus códigos-fontes. Para além do viés ideológico, a possibilidade de ter uma ferramenta poderosa em mãos agradou grande parte da cúpula do Partido Comunista da China (PPCh) que pretende utilizar o modelo para responder perguntas, criar relatórios, resumir informações e traduzir chinês e inglês. Atualmente, o uso do aplicativo é apenas interno, mas nada impede que sua utilização cresça nas próximas etapas da iniciativa.

Uma vez disponível ao público, a plataforma tem objetivo de ser mais do que uma ferramenta concorrente das Big Techs. Na avaliação da revista norte-americana, a missão do governo chinês é disseminar os valores culturais, culturais, políticos, econômicos e sobretudo de propaganda. Nos últimos anos, mais de uma dúzia de best-sellers foram publicados sob o nome de Xi e o ACC esteve envolvido na criação do aplicativo “Estude, Xi, Fortaleça a Nação” que teve a meta de educar 100 milhões do partido de forma assíncrona. Para se ter uma ideia do tamanho do legado do presidente, em 2018 seus ideais foram incorporados à constituição chinesa.

Uma tarefa colossal

A primeira etapa dessa jornada pelo ChatGPT chinês começou com a busca de provedores de tecnologia. Para a ACC o primeiro critério de escolha de empresas parceiras é que "incorporem valores socialistas centrais e que o conteúdo gerado não contenha qualquer menção ou informação que subverta o poder do Estado". Por ora, grandes fornecedores de softwares como Baidu e Alibaba dizem-se aptos para a tarefa, embora seja um desafio treinar modelos de linguagem com a língua e as restrições impostas pelo regime.

Para remover o obstáculo, a Associação de Segurança Cibernética da China, uma organização sem fins lucrativos, criou um banco de dados públicos com o objetivo de fornecer para treinar modelos de tecnologia. Contendo documentos oficiais, regulamentações, relatórios de mídia e outros documentos de governo, a Data Center permite cruzar referências de diversas gestões chinesas e encontrar um ponto comum para a produção do algoritmo.

Curiosamente, há mais de 86.310 menções diretas ao presidente chinês Xi Jinping o qual preconiza “garantir que, em pensamento, política e ação, estejamos sempre em alta sintonia com o Comitê Central do Partido e com o Secretário-Geral Xi Jinping no seu núcleo”.

1 comentário

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