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Serviços de VPN e proxy começam a desaparecer na China

Aplicativos que permitem burlar o Grande Firewall chinês foram derrubados, dificultando o acesso a sites como Google, WhatsApp e Youtube O governo chinês aumentou as restrições sobre o acesso de conteúdo digital. Nos últimos meses, mais de 1.3 bilhão de chineses tiveram seu acesso negado a mais de 4 mil páginas web que incluem Google, […]

Por: IAIH

Aplicativos que permitem burlar o Grande Firewall chinês foram derrubados, dificultando o acesso a sites como Google, WhatsApp e Youtube

O governo chinês aumentou as restrições sobre o acesso de conteúdo digital. Nos últimos meses, mais de 1.3 bilhão de chineses tiveram seu acesso negado a mais de 4 mil páginas web que incluem Google, Facebook, WhatsApp, SoundCloud e Youtube. Historicamente, a restrição a sites faz parte da política governamental, conhecida como o Grande Firewall; mas que começou a mostrar brechas com a chegada de serviços de Virtual Private Network (VPN) que conectam o usuário a redes particulares hospedadas em outros países. Hoje, contudo, aplicativos não funcionam mais.

Há alguns meses, serviços populares de proxy como Froxy, Ip2world e Oxylabs pararam de funcionar em todo o território chinês. O último a ficar fora do ar foi o Clash, aplicativo com interface para Windows, que do dia para noite ficou indisponível dentro do GitHub, um dos maiores repositórios da internet para desenvolvedores de software — que ainda não foi bloqueado pelo governo de Pequim. A descontinuidade do app foi confirmada pelo programador Fndroid, em uma postagem do X, antigo Twitter.

De acordo com o profissional, em entrevista ao site norte-americano TechCrunch, o desenvolvedor disse não fora autorizado a falar sobre o fim do aplicativo de maneira pública. De toda forma, o fórum do GitHub emitiu um comunicado no qual esclarece que houve uma notificação chinesa para a derrubada do aplicativo. Ainda segundo a plataforma, todos os arquivos relativos ao Clash foram apagados de sua base global de dados.

O desaparecimento repentino de aplicações de VPN levantou suspeitas a respeito da atuação de Pequim para silenciar programadores. Segundo um desenvolvedor que possui o usuário Charlie Smith, dentro do GitHub, o estado chinês tem mandado agentes para a casa de profissionais para pressioná-los a parar de trabalhar. “Com frequência, esses trabalhadores atuam em diferentes projetos (com aprovação governamental), ou seja, se eles continuarem a desenvolver soluções de proxy é possível que, mais cedo ou mais tarde, eles fiquem sem renda”, afirmou.

Censura moderna e punições seculares

Para além de perseguir desenvolvedores e limitar o acesso a certas páginas web, o estado chinês tem o poder de penalizar usuários que utilizem serviços de VPN.  De acordo com uma reportagem do portal South China Morning Post, atualmente mais de 100 milhões de chineses estão aptos a pegarem penas que variam entre o pagamento de taxas e ficar retido. As multas vão de uma dezena de reais a mais de US$ 137 mil, em um caso histórico da Justiça do país. No caso de prisões, as penas variam de dias de reclusão em casa a anos na cadeia. Na avaliação de Raman Jit Singh Chima, diretor e consultor sênior da organização internacional Acess Now, o recrudescimento das políticas de monitoramento de sites e internautas é recente. De 2012 o atual presidente chinês Xi Jinping aumentou as punições para usuários que utilizassem aplicativos de proxy ou programadores facilitassem o acesso dessas ferramentas. A gota d’água, segundo Chima, foi durante o protesto das folhas brancas, em que cidadãos saíram à rua com uma folha A4 em mãos, simbolizando a censura do governo a temas relacionados à Covid-19.

3 cometários

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