IAgente

"Estou preocupado com sistemas mais inteligentes do que nós assumirem o controle", diz ganhador do Nobel de Física

O pesquisador de machine learning Geoffrey Hinton alerta para os riscos da IA nos próximos anos

Por: André Vieira

Pelo trabalho pioneiro em Machine Learning, termo em inglês que faz referência à maneira como as máquinas aprendem, John Hopfield, 91, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e Geoffrey Hinton, 76, da Universidade de Toronto, no Canadá, ganharam o Prêmio Nobel de Física que foi divulgado no último dia 8 em Estocolmo. A dupla foi responsável pelo desenvolvimento das primeiras redes neurais artificiais, lançando as bases para a criação da inteligência artificial como conhecemos hoje. 

O britânico Geoffrey Hinton tem um posicionamento crítico em relação aos riscos da inteligência artificial para a humanidade. Em entrevista concedida logo após o anúncio do prêmio, Hinton afirmou que a transformação imposta pela IA nos próximos anos será comparável à da Revolução Industrial, no século XIX.  “Em vez de superar as pessoas na força física, a IA vai superá-las na força intelectual.  Teremos um atendimento médico melhor, tornaremos quase todos os campos mais eficientes. Com um assistente de IA, as pessoas conseguirão executar o mesmo volume de trabalho em muito menos tempo”, disse ao Podcast Nobel Prize Conversations.

Mesmo com esses pontos positivos, Hinton alerta que há motivos de preocupação, como possíveis impactos negativos à humanidade, a exemplo da perda de gerenciamento e comando sobre a Inteligência Artificial. Em uma entrevista ao The New York Times em 2023, o pesquisador admitiu se arrepender de certos aspectos de seus trabalhos diante dos riscos de médio e longo prazo."Estou preocupado com as consequências, com a possibilidade de termos sistemas mais inteligentes do que nós, que possam assumir o controle.", declarou à época. 

Em 1972, ainda como estudante de pós-graduação na Universidade de Edimburgo, na Escócia, Hinton começou a trabalhar com redes neurais, sistemas matemáticos  capazes de aprender a partir da análise e aprendizado de dados, simulando o funcionamento do cérebro.

Em 2012, Hinton e dois de seus alunos da Universidade de Toronto, Ilya Sutskever e Alex Krishevsky, desenvolveram uma rede neural capaz de analisar milhares de fotos e aprender a identificar determinados objetos nas imagens. Esse trabalho levou à criação de tecnologias cada vez mais poderosas, incluindo novos chatbots, como o ChatGPT e o Google Bard.

1 comentário

I don’t think the title of your article matches the content lol. Just kidding, mainly because I had some doubts after reading the article.

Seu e-mail não será publicado.