A corrida pela Computação Quântica já é encarrada como uma ameaça à segurança de dados
Superpotências como China, Estados Unidos e Rússia investem bilhões de dólares anualmente para disparar na liderança da tecnologia Um único computador que poderia transformar o mundo. Decodificar senhas, quebrar protocolos de criptografia (como os da bitcoins) e acessar dados de qualquer lugar do globo — inclusive os segredos de estado. É isso que promete a […]

Superpotências como China, Estados Unidos e Rússia investem bilhões de dólares anualmente para disparar na liderança da tecnologia
Um único computador que poderia transformar o mundo. Decodificar senhas, quebrar protocolos de criptografia (como os da bitcoins) e acessar dados de qualquer lugar do globo — inclusive os segredos de estado. É isso que promete a Computação Quântica, área da tecnologia da informação (TI) que utiliza modelos físicos e matemáticos para a construção de uma máquina cerca de 3 milhões vezes mais rápida do que um PC convencional. Recentemente, com a chegada da Inteligência Artificial (IA), governos da China, Estados Unidos e Rússia reforçam os investimentos na produção desse aparelho, que ainda não saiu das linhas de protótipo.
A princípio, um Computador Quântico não seria uma grande inovação tecnológica. À diferença de seu par convencional, a supermáquina não se baseia na tradicional convenção binária de zeros e uns, invés disso, ela separa número na casa de 70 ou 80 dígitos por centenas e depois os divide por fatores primos. Isso não apenas significa um processador infinitamente superior aos modelos comerciais de ponta, como também representa um potencial risco para a segurança de países ao redor do mundo.
Por ora, o dispositivo mais avançado no mercado é um equivalente quântico 433 QUbits, ainda distante do potencial elencado por Peter Shor, na década de 90, para a transformação da tecnologia
Avanços rápidos com novos players
Apesar de ainda ser uma tecnologia incipiente, a Computação Quântica tem chamado a atenção de Big Techs nos últimos anos. Em 2022, novas empresas do ramo captaram mais US$ 2,35 bilhões para o investimento de projetos de supermáquinas, além disso companhias experientes do ramo como IBM, Google e, mais recentemente Microsoft, apresentaram modelos mais próximos das expectativas acadêmicas.
Segundo projeções da McKinsey, o retorno do interesse global pela ciência quântica, sobretudo graças à chegada da IA, poderá movimentar cerca de US$ 1,3 trilhão até o fim de 2035. Ainda de acordo com a consultoria, esses investimentos transformarão os campos da química, resistência de materiais e revitalizarão a forma de produzir. O avanço de tecnologia disponibilizará alternativas mais sustentáveis e duradouras para carros, dispositivos eletrônicos e até para o bem-estar de humanos.
A despeito do sentimento de urgência entre analistas governamentais e a oportunidade revolucionária de entusiastas de tecnologia, cientistas do National Institute of Standards and Tecnhology acreditam que, à exceção de uma grande eureca, métodos convencionais de desenvolvimento de empresas e governos devem levar entre 10 a 15 para criar um Computador Quântico que atenda às expectativas da indústria e concretize os medos de governos.
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