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Governo Paulista projeta utilizar o ChatGPT para planejar aulas, substituindo professores

Segundo a gestão de Tarcísio de Freitas, a produção desse material pela inteligência artificial começaria no segundo semestre de 2024. Curadoria de material didático gerado por IA. É o que promete o Governo do Estado de São Paulo para professores curriculistas e especialistas de educação que cuidam do conteúdo que vai para as escolas da […]

Por: IAIH

Segundo a gestão de Tarcísio de Freitas, a produção desse material pela inteligência artificial começaria no segundo semestre de 2024.

Curadoria de material didático gerado por IA. É o que promete o Governo do Estado de São Paulo para professores curriculistas e especialistas de educação que cuidam do conteúdo que vai para as escolas da rede estadual paulista. De acordo com um documento que circula entre membros da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), o projeto consiste em utilizar a Inteligência Artificial para formular uma primeira versão da aula com base nos temas predefinidos e referências concedidas pela secretaria. Daí em diante, docentes estariam responsáveis de revisar a matéria e então reenviar à Seduc-SP para a revisão e padronização.

Inicialmente apurado pelo jornal Folha de S.Paulo, a decisão faria com que a frequência com que professores entreguem planejamentos de aulas mudasse.  Até metade deste ano, a Seduc exigia o envio de quatro conteúdos por semana, com o novo projeto de implementar o ChatGPT para turbinar a produção de materiais, os docentes deveriam endereçar três aulas a cada dois dias úteis, o que significa mandar seis aulas por semana.

 Essa iniciativa de utilizar ferramentas digitais para auxiliar na produção do currículo não é novidade, desde 2023 o secretário da pasta, Renato Feder tem estimulado o uso de recursos semelhantes dentro do ambiente on-line, a exemplo de sua proposta de abrir mão do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), uma das maiores iniciativas de democratização de títulos educacionais no País, em função de aulas expositivas e obras virtuais em que alunos teriam acesso dentro do aplicativo educacional. Após críticas, o projeto não seguiu.

Feder defende a medida como uma maneira de aumentar a produtividade na sala de aula e orientar alunos para os conteúdos abordados em avaliações nacionais, como a Prova São Paulo e o Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb). Um projeto semelhante também ocorreu quando o empresário era secretário de educação do Paraná, mas foi descontinuado devido a deficiências de metodologia. Atualmente, a rede estadual de ensino atende a 3,5 milhões de estudantes em todo Estado de São Paulo.

Projeto está em período de testes

Em resposta aos questionamentos sobre o uso de Inteligência Artificial, a Seduc afirma que atualmente o projeto está em sua fase piloto e jamais excluirá professores do processo educacional. "O fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula”, afirmou a secretaria em nota.

Segundo o órgão, atualmente o estado dispõe de 90 profissionais curriculistas que são responsáveis pela elaboração de aulas e conteúdos extracurriculares. Apesar do cuidado com a integração da tecnologia com esses professores, a Seduc não disse se os docentes irão receber um treinamento específico para lidar com a IA ou se, ainda, haverá a contratação de novos professores ao quadro estabelecido. A única coisa que a secretaria confirmou é que todo o material produzido pela Inteligência Artificial seja validado em duas etapas diferentes, além de passar pelos filtros de direitos autorais e ter outro design.

Na avaliação de educadores presentes nas redes socais, a medida do governo paulista viola ao menos oito dos nove incisos do Artigo 206 da Constituição Federal, capítulo que se refere ao ensino.

2 cometários

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