Inteligência artificial encontra “mina de ouro” no lixo de hotéis, restaurantes e supermercados
De olho nos resíduos, setor emergente de tecnologia promete levantar milhões de dólares utilizando tecnologias antidesperdício. Nas últimas semanas o Hotel Hilton instalou em sua unidade em Nova Iorque uma série de câmeras em suas lixeiras; o motivo? Monitorar a quantidade de croissants, tortas e outros alimentos vão para a lata do lixo diariamente. A […]

De olho nos resíduos, setor emergente de tecnologia promete levantar milhões de dólares utilizando tecnologias antidesperdício.
Nas últimas semanas o Hotel Hilton instalou em sua unidade em Nova Iorque uma série de câmeras em suas lixeiras; o motivo? Monitorar a quantidade de croissants, tortas e outros alimentos vão para a lata do lixo diariamente. A partir do uso de algoritmos de reconhecimento e ferramentas de Inteligência Artificial (IA), outros empreendimentos também adotaram a medida como mercearias, lojas de conveniência e até redes inteiras de supermercado com o objetivo de reduzir desperdícios.
De acordo com uma reportagem do New York Times, duas empresas norte-americanas disponibilizam um serviço para resolver desperdício de produtos alimentícios. A Winnow é a responsável por instalar “câmeras inteligentes” equipadas com IA dentro das lixeiras, enquanto a Afresh, startup que coleta os dados coletados por softwares e os compara com os estoques dos estabelecimentos a fim de descobrir incompatibilidades no estoque.
Para se ter uma dimensão do desafio da indústria de alimentação, segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos foram desperdiçados em 2022.Além da preocupação humanitária, o mau uso de alimentos também gera impactos ambientais, devido ao descarte inadequado. De acordo com a ONU, até 10% do total de emissões de carbono globais são provenientes da atividade.
No entanto, com a chegada da pandemia, vários projetos surgiram para tentar virar a mesa. Uma dessas iniciativas foi o Pacific Coast Food Waste Commitment, esforço coletivo entre o Estados Unidos e o Canadá para incentivar supermercados a doar produtos excedentes a instituições beneficentes e enviar seus resíduos para instalações de compostagem. Atualmente, a resolução reúne oito das maiores redes de fornecimento nos dois países e conseguiu reduzir em 25% o volume de produtos não comercializados.

IA: a solução para uma estratégia ESG eficiente?
Desde a popularização do ChatGPT e outras ferramentas de Inteligência Artificial generativa, uma das críticas sobre o uso da tecnologia é o enorme consumo de eletricidade que muitas vezes se equipara à de cidades. A despeito de sua própria “pegada ambiental”, as soluções apresentadas pela Winnow e a Afresh representam mudanças importantes na luta climática: unindo interesses comerciais com a pauta ESG, as iniciativas são exemplos práticos sobre alternativas de desenvolvimento sustentável.
Analisando seis anos de dados relacionados ao estoque e às vendas de cada produto, a tecnologia da Afresh utiliza um algoritmo próprio para prever as tendências de consumo dentro de supermercados, restaurantes e até loja de conveniência. O diferencial da tecnologia é entender padrões e adequar estabelecimentos para as sazonalidades do negócio, como feriados e tendências de consumo. Se pintar ovos na Páscoa voltou à moda, por exemplo, o aplicativo calcula quantas caixas adicionais o empreendedor deve encomendar, assim como itens que fazem parte do ritual como tintas e pincéis.
Já a Winnow coloca filmadoras ultratecnológicas acima de lixeiras. Utilizando um algoritmo de IA, as câmeras conseguem discernir meia panela de lasanha descartada de uma casca de banana. Esse reconhecimento é fundamental para saber se hotéis, restaurantes e casas noturnas estão oferecendo porções grandes demais a seus fregueses. Em outras palavras, a ferramenta ajuda negócios a avaliar o tamanho de seus pratos e economizar com ingredientes e mão de obra. Os negócios e, sobretudo, o meio ambiente agradecem.
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