Inteligência Artificial se tornou um dos maiores medos de Millenials e Geração Z, aponta pesquisa
De acordo com a 2024 Gen Z and Millennial Survey, realizada pela Deloitte, 59% dos entrevistados têm receio de serem substituídos pela IA. O entusiasmo com a criação de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) como ChatGPT, Gemini e Midjourney também é fonte de apreensão para Millenials e integrantes da Geração Z. É o que revela […]

De acordo com a 2024 Gen Z and Millennial Survey, realizada pela Deloitte, 59% dos entrevistados têm receio de serem substituídos pela IA.
O entusiasmo com a criação de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) como ChatGPT, Gemini e Midjourney também é fonte de apreensão para Millenials e integrantes da Geração Z. É o que revela uma pesquisa realizada pela Deloitte nas últimas semanas, a 2024 Gen Z and Millennial Survey, a qual analisa as percepções do público sobre os avanços tecnológicos. Em sua 13ª edição, a pesquisa ouviu mais de 22 mil trabalhadores em 44 países diferentes e chegou à conclusão de que mais da metade dos entrevistados (59%) temem ser substituídos pela IA.
Na avaliação do relatório, no último ano, trabalhadores conviveram com diferentes tipos de ansiedade em suas rotinas: tanto para encontrar um trabalho que proporcionasse estabilidade financeira para suas vidas quanto na busca por um equilíbrio entre o mundo profissional e a saúde física e mental. De acordo com pesquisadores, uma das causas para o aumento dessa inquietação foi o desenvolvimento de tecnologias de Inteligência Artificial, especialmente com aquelas ligadas à IA Generativa (GenAI) e seu uso no mercado. Membros da Geração Z e Millenial acreditam (73% e 71%, respectivamente) que o fortalecimento dessas aplicações representa cortes no número de profissionais humanos.
Apesar da apreensão sobre o presente, principalmente com o aumento do custo de vida em centros urbanos, há ainda um certo otimismo do profissional quanto ao futuro. De 10 membros da Geração Z e Millenial, 3 creem na recuperação da economia em 2024, maior índice desde a última edição, realizada antes da Pandemia. A mesma esperança é notada no crescimento de salários para profissionais das duas faixas. No total, cerca de 45% dos jovens-adultos confiam na melhora de rendimentos neste ano, o que pressupõe a elevação de gastos em outras áreas além de moradia.

Encontrar um propósito é a chave para a satisfação
Se o otimismo no cenário econômico não é unânime entre as novas gerações de profissionais, encontrar um equilíbrio entre o trabalho e a vida social e descobrir um propósito maior para o dia a dia unem diferentes grupos em um único plano. Cerca de 85% dos entrevistados dizem se sentir mais felizes quando descobrem um emprego em podem balancear expectativas e responsabilidades de maneira sadia e, mais do que isso, que permita elaborar um plano de carreira a médio e longo prazo.
Afinal, mais do que encontrar um empregador que possa oferecer treinamentos e capacitações em novos recursos, a exemplo de ferramentas de inteligência artificial, cerca de 50% dos profissionais acreditam que os valores corporativos devem estar alinhados aos seus, o que envolvem tanto as práticas de negócios quanto as preocupações com pautas ESG, mapeamento de carbono, governança sustentável e políticas LGBTQIA+. O mesmo vale para a preocupação com a saúde mental de funcionários e a inclusão de minorias dentro de escritórios, reinvindicações cada dia mais frequentes.
Em resumo, as novas gerações querem ser abraçadas e acolhidas, mesmo que isso envolva mudanças na infraestrutura corporativa e a aproximação de gerentes e tomadores de decisões nos próximos anos. Uma prova dessa necessidade de direcionamento é o temor de profissionais com a Inteligência Artificial, um obstáculo para o plano de carreira e desafio para recém-chegados ao mercado. Segundo o estudo, membros das gerações Millennial e Z têm investido em novas capacitações de tecnologia, mesmo que não se vejam trabalhando na área nos próximos anos.
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